A Câmara de Penacova aprovou, ontem, o relatório de gestão e contas de 2021, que registou 6,1 milhões de euros de dívidas, resultante do aumento do passivo em 43,2% face a 2020, e 1,9 milhão de euros de prejuízos (resultado líquido negativo), decorrentes do aumento da despesa em dois milhões de euros (16,8%) face ao ano anterior.
“Se isto fosse uma empresa privada e se a má gestão autárquica socialista continuasse a conduzir os destinos da câmara municipal e a fazer cada vez mais despesa face à receita existente, como estava a fazer, o Município de Penacova já tinha decretado falência!”, afirmou, em tom preocupado, o vereador das Finanças, Carlos Sousa.
“Herdámos uma situação financeira, do anterior Executivo, extremamente preocupante. Só em 2021, ano de eleições autárquicas, o anterior Executivo deixou uma despesa comprometida, mas não paga, de 2,3 milhões de euros. Só em fornecimentos e serviços externos, a despesa aumentou cerca de 1,1 milhão de euros. Os gastos com pessoal registaram um aumento de 11,2%”, explicou o presidente Álvaro Coimbra, salientando que “todos os indicadores financeiros de 2021 registaram um agravamento face a 2020”.
Na apresentação das contas de 2021, o vereador Carlos Sousa revelou que “foi assumido pela Câmara cerca de 1,8 milhão de euros que ainda não estavam faturados, situação que vai agravar ainda mais a despesa e o endividamento municipal nos próximos anos”.
“Esta pesada e difícil herança financeira vai continuar a obrigar-nos à adoção de medidas estratégicas infelizmente necessárias para contribuir para a resolução do problema, apesar do esforço que começou a empreender-se no final de 2021”, salientou Álvaro Coimbra, que conduz os destinos autárquicos de Penacova desde 16 de outubro do ano passado.