O Município de Penacova aceitou o repto lançado pelos professores João Ramos e Marta Ribeiro, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e efetuou uma visita guiada ao Campo da Batalha do Bussaco em Penacova, em que participaram alunos dos cursos de Turismo de Ar Livre e de Turismo Cultural e de Património.
Realizada no âmbito do projeto “Caminhos da Batalha do Bussaco”, a visita que incidiu sobre o território penacovense, entre o Posto de Comando de Wellington e Santo António do Cântaro estendeu-se ao longo de cinco quilómetros, tendo inicio no Posto de Comando de Wellington, local onde o comandante-em-chefe do exército anglo-luso, observou o ataque dos franceses realizados a partir do sopé da serra na aldeia de Santo António do Cântaro, e ainda, onde mandou colocar duas peças de artilharia para ajudar no combate travado na encosta da serra voltada para essa aldeia, e a aldeia vizinha de Pendurada.
Nesta visita guiada, os participantes ficaram a conhecer as movimentações e algumas curiosidades sobre o ataque registado em Santo António do Cântaro, ainda na madrugada de 27 de setembro de 1810. Ao passarem nesta colina, foi-lhes dado a conhecer o local “mais sangrento “ de toda a batalha, uma vez que ali se registou em proporção o maior número de baixas em ambos os exércitos em função do número de homens envolvidos, proporcionando um maior conhecimento histórico sobre a última batalha internacional ocorrida em território português até à data.
A visita culminou em Santo António do Cântaro, uma pequena aldeia da freguesia de Carvalho, com um enquadramento histórico bastante rico e interessante, que remonta à instituição do vínculo do Morgadio de Carvalho, e que é atravessada pela antiga estrada real que ligava Viseu a Coimbra. Base do acampamento do II Corpo do General Reynier, responsável por liderar o ataque francês a partir deste ponto, ainda hoje, a aldeia mantém praticamente o mesmo traço e dimensão que possuía à época. Aqui, neste local, e, para finalizar o seu trajeto, os participantes tiveram a oportunidade de observar “in loco” toda a encosta e cume da serra, sendo mais facilmente percecionada a dificuldade que os soldados franceses tiveram na escalada até ao topo da mesma, um dos motivos principais para a sua derrota nesta batalha.