Governo em Penacova lança empreitada de requalificação do IP3

Estrada moderna, sem portagem, rapidez de circulação e com maior segurança. O investimento, na ordem de 134 milhões de euros é, para este Governo, a grande obra rodoviária do mandato, financiada com o Orçamento do Estado. A intervenção prevê duplicação da via em 85% do traçado. A solução adotada foi considerada “uma das mais inteligentes do País” e espera-se que até final de 2022 a obra esteja concluída, possibilitando uma melhoria considerável na mobilidade dos cidadãos. No final deste mês começará a intervenção nos taludes. Em 2019 terá início a grande obra, há décadas esperada.

A requalificação do IP3 de­verá estar concluída, na sua totalidade, em 2022. A intervenção vai permitir reduzir em cerca de um terço o tempo de viagem nesta estrada. Na sessão pública, ocorrida em 2 de julho de 2018, no Alto das Lamas, freguesia de Oliveira do Mondego, no con­celho de Penacova, o Primeiro-Mi­nistro procedeu ao lançamento da Empreitada de Requalificação do Troço de IP3 entre os nós de Pe­nacova e Lagoa Azul e o Concur­so para a Duplicação do IP3 nos Troços Souselas/Nó de Penacova e Nó da Lagoa Azul/Viseu (A25). A população e diversas instituições da região assistiram a um sonho de décadas que começa agora a ga­nhar forma de realidade.

De acordo com António Costa, pri­meiro-ministro, “esta obra é muito mais do que uma ligação, ela é fun­damental para se salvar vidas e se diminuir a sinistralidade”. O pri­meiro-ministro afirmou que “esta é uma obra central para reforçar a coesão da região centro, ligando à A14 e à A25, e que faz a ligação desde a costa marítima até à fron­teira de Espanha. É o projeto ne­cessário. Ajudará a criar emprego, a captar investimento empresarial e a melhorar a vida dos cidadãos desta região”. Numa alusão ao lon­go tempo de espera para intervir no IP3, António Costa referiu que “durante anos e anos multiplica­ram-se os estudos e as propostas, com elevado custo financeiro, e que acarretavam grande impacte ambiental, perdeu-se tempo… E não podemos voltar a perder este tempo. Por isso lançámos esta obra tão necessária e importante. E esta é a nossa opção”. António Costa aproveitou ainda para elogiar os autarcas pelo profícuo trabalho com o Governo que conduziram a este bom desfecho.

Sendo os autarcas de Penacova dos principais impulsionadores a reclamar uma solução para o IP3, Humberto Oliveira, pre­sidente do Município de Pena­cova e anfitrião da iniciativa, congratulou-se com o facto de o arranque das obras ter início precisamente no troço mais crí­tico do IP3, na zona da Livraria do Mondego, sendo de assinalar na sua globalidade não só o me­nor tempo de percurso mas so­bretudo o reforço muito grande da segurança da via e um reforço da própria competitividade eco­nómica, “sendo esta uma aspira­ção de toda a região”.

            

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Mar­ques, sublinhou que a obra no IP3 foi durante muitos anos uma intenção no papel e que se cumpre agora o compromisso de a tornar realidade. De acordo com o Governante, a região beneficia de um plano abrangente de projetos onde estão incluídos o IP3, o Sis­tema de Mobilidade do Mondego e a Ferrovia, nomeadamente as obras em curso da linha do norte. Pedro Marques assume “a opção política do Governo em afetar re­cursos do Orçamento do Estado e do País, porque a região merece e porque o IP3 tem de ser uma via de desenvolvimento e não uma via de insegurança”.

Também presente, o Presidente da empresa pública Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, expli­cou que esta primeira intervenção de requalificação, entre o Nó de Penacova e o Nó de Lagoa Azul (Mortágua), contemplará trabalhos de reabilitação estrutural do pavi­mento, intervenção em taludes tais como a implementação de estrutu­ras de suporte em betão e pregagens e redes de contenção, mas também operações ao nível dos sistemas de drenagem e reposição de toda a sinali­zação horizontal e vertical.

Cerca de 85% do traçado vai ficar com perfil de auto-estrada – com duas faixas em cada sentido –, quando hoje o IP3 apenas tem um quinto da via com esse perfil. Ain­da assim, nos 15% onde não have­rá um perfil de auto-estrada, have­rá, em quase a totalidade, o perfil de duas faixas. Em cerca de 3% do traçado do “novo” IP3 vai ser mantido o perfil de apenas uma via em cada sentido e, por essa razão, constituir uma espécie de tampão no fluxo de trafego: será na zona de Livraria do Mondego, abrangendo as pontes e margens da Aguieira. Os restantes 12% do traçado terão um perfil 2x1, ou seja, terão em al­gumas faixas, duas vias de circula­ção, e uma na outra. A velocidade de circulação permitida não poderá ultrapassar os 90 quilómetros/hora.

Para Pedro Coimbra, deputado da Assembleia da República e Presi­dente da Assembleia Municipal de Penacova, uma das principais vozes da Região na defesa de uma inter­venção profunda no IP3, “é determi­nante que se diminua o número de acidentes, que se aumente a qualida­de rodoviária e a segurança e que se cumpra o percurso em menos tem­po”. De acordo com Pedro Coimbra, “esta pode não ser a solução perfeita, mas é inteligente, é um compromis­so deste Governo, permite converter em obra o que durante décadas não se conseguiu fazer e possibilita que os cidadãos utilizem a estrada com maiores vantagens e sem terem de pagar portagem”.