A história da produção da cal no concelho de Penacova remontará aos séc. XVII e XVIII, período em que se terá dado a construção do Forno do Pisão, nas proximidades de Lorvão, visando suprir as necessidades do Mosteiro. Nas fontes escritas, os fornos de cal de Penacova são referidos a partir de 1860, indiciando a expansão da produção de cal, para além da zona de influência do Mosteiro. A cal estaria presente, em representação do concelho, na Exposição Distrital de Coimbra de 1869 e no IV Congresso Beirão realizado em 1929.
Ainda que possuindo diferentes estados de conservação, quem nos visita, poderá, ainda hoje, aperceber-se da importância desta indústria bem patente nos 23 fornos de cal ainda existentes no concelho, distribuídos por Ferradosa, Sernelha, Arroeiras-Riba de Cima, Lorvão, Carregal-Friúmes, Galiana e, obviamente, no Casal de Santo Amaro, onde se localiza o maior e melhor conservado conjunto: 10 fornos, localizados em 2 núcleos distintos.
O restauro, em 1997, de um desses Fornos pelo Centro Recreativo do Casal, com o apoio do município, atesta bem como a dinâmica da produção de cal faz parte desta comunidade. Também a envolvente foi requalificada e, no Telheiro anexo, foi criado o Núcleo Museológico dos Cabouqueiros e dos Carpinteiros, onde se encontram expostas diversas ferramentas e objetos tradicionais relacionados quer com a atividade dos Cabouqueiros, quer com a dos Carpinteiros.