A localização geográfica, a altitude e a existência de zonas ventosas propiciaram que os habitantes do concelho de Penacova, com uma economia essencialmente agrícola, que privilegiava o cultivo da vinha, da oliveira e de cereais, aproveitassem a força da natureza, construindo engenhos - os Moinhos que, movidos pelo vento (Moinhos de Vento) ou pela força da água (Azenhas) transformavam os cereais em farinha.
O Concelho de Penacova possui actualmente um dos maiores núcleos molinológicos do país, encontrando-se espalhados pelos Lugares da Atalhada, Aveleira e Roxo, Gavinhos, Paradela de Lorvão e Portela da Oliveira, 19 moinhos de vento em atividade ou em condições de funcionar, bem como 18 azenhas instaladas nos cursos do Mondego e do Alva e nas muitas ribeiras que correm no concelho.
Se, no passado, estes engenhos constituíram uma fonte de rendimentos e uma forma de subsistência, hoje são uma mais-valia patrimonial que surpreende quem nos visita.
Entre maio e outubro, é ainda possível observar, em Penacova, o trabalho do moleiro, nomeadamente nos Núcleos Molinológicos de Gavinhos (Figueira de Lorvão) e da Portela de Oliveira (Sazes do Lorvão). Nos restantes meses do ano, os visitantes podem observar a ancestral arte de moer farinha nas azenhas da Ribeira de Lorvão.